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quinta-feira, 21 de julho de 2011

REVISANDO A SI E A VIDA - 01

Nestes últimos dias tenho de minha vida
Tenho revisto meu modo de agir,
Tenho visto novas pessoas,
Tenho revisado meus atos e sentimentos,
Tenho sentido o que havia deixado para trás por uma mera e pequena ilusão.

Ah! Que desespero, sentir o vazio de uma semana!
Ah! Que desepero de nada saber!
Ah! Que alívio descobrir a verdade e ela LIBERTA!

Nestes últimos dias de minha vida
Tenho me redescoberto,
Tenho revisto meus sorrisos e gargalhadas,
Tenho ouvido e sou ouvido bastante,
Tenho andado solto e desarmado,
Tenho encontrado os bens que me foram roubados!

Ah! Que pobreza de alma os gananciosos!
Ah! Que tristeza e penar sua consciência irá cobrar!
Aí daquele por quem vem o escândalo!

Pobre e pequeno ser, que devotado ao seu egoísmo
Se perde nas veredas do caminho...

Pobre e pequeno ser, que devotado aos profetas das trevas
Se lançam em trevas interiores e exteriores do desprezo dos rostos que lhe sorriam antes!

Como? Quando? Onde?

Não há respostas, haverá sempre um vazio no coração do traidor ao enxergar seu feito...
Não há respostas, haberá sempre a dor cancerígena de suas mentiras
Gritando aos seus ouvidos:

JUDAS! JUDAS! JUDAS!

E o condenado subirá alto e se enforcará:
Nas lágrimas que provocou,
Nas gozações e desdenhos que enfatizou,
Nas gargalhadas de prazer ao ver o outro sofrer.

Mas o pobre tolo, o pobre e mesquinho tolo
Não sabe que retirou do outro a sua carga e seu penar.

E que agora carrega sobre seus ombros
A dívida e o pecado do infeliz
Que agora livre de seu Karma voa à outras dimensões
E que mais leve se eleva por entre a multidão que o observa
E o condena por não revidar e cobrar sua honra manchada.

Mas a lição celeste foi dada no madeiro infame: "pai perdoa eles não sabem o que fazem".

E assim as trinta moedas de pratas serão devolvidas e comprada com elas
O terreno sagrado para a peregrinação e a oração dos viajantes,
Dos desvalidos, dos desprotegidos de toda a espécie,
Onde descansa o corpo imaculado da honra e da glória verdadeira.

E quando em lágrimas no último e deseperado suspiro
Ao lembrar de tudo o que se viveu e praticou de errado
Lembrar-se-á do corpo inocente deitado a cova de pedra.
Porém o espírito livre e irradiante não possue mais a dívida que lhe foi cobrada e
Enquanto ascende aos céus enquanto o traidor terá de refazer todo o caminho...

E sua consciência envolvida em dores e sofrimentos no charco que mesmo atirou-se,
Solicitará no tribunal divino a oportunidade de reparar seu erro,
Pois este afirmará "eu nada sabia".

E a voz trovejante atravessando aquelas paragens sombrias, soara:
Não és tu cristão? O que te faltou se tudo te dei para serdes felizes?

E o deseperado pedirá clemência e a voz responderá:
Por que me pedis clemência, vós que sempre disseste SENHOR! SENHOR!

E as lágrimas a rolarem em seu rosto será apenas o seu consolo
Até o dia de seu auto perdão e desejo sincero de reforma-se.

Mas até lá, muitas serão as estradas e muitos serão os caminhos de encontros e reencontros...